22.7.14

Superficial

Eu tinha duas opções, ou eu escrevia ou explodia. Bom, estou escrevendo.

Eu não gosto da pessoa que sou agora, a Flávia de agora não sente falta, não faz questão. Eu não sei viver mais nada intensamente. Recentemente eu tive uma paixonite, foi passageira, mas apesar de eu até achar que a pessoa valia a pena, eu não esforcei, eu não retruquei, na verdade eu nunca retruco. Quando uma pessoa diz que precisa se afastar eu procuro nem saber o motivo e nem se tem algo que eu possa fazer para que isso não aconteça. Tudo isso são formas que eu encontrei para lidar com as coisas de uma forma superficial, pela metade, eu não mergulho em nada de cabeça, deixo sempre um pé atrás e tenho em mente que a qualquer momento aquela pessoa pode simplesmente não estar mais ali para mim.

É até engraçado como por mais que eu goste da pessoa, eu sempre acho que viveria bem melhor sem ela, me dá um alivio tão grande quando tudo acaba, mas dá uma agonia também, sabe... Como se uma hora eu fosse cair na real e perceber que deveria ter dito: "não vamos nos afasar assim, deve haver outra forma das coisas serem resolvidas". Mas acontece que eu não me arrependo, e eu odeio isso, odeio não conseguir me arrepender, fazendo isso eu supero mais rápido a pessoa, claro, mas a questão é, eu deveria?!

Flávia Faria.

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